Ação da Justiça do Trabalho na corrida de São Silvestre acontece até o dia 30/12 no Expo Center Norte


Lugar de criança é na escola. O trabalho infantil prejudica. Criança precisa brincar. Essas são algumas mensagens que magistrados(a) da 2ª Região estão difundindo entre os(as) atletas(as) inscritos(as) na 98ª Corrida da São Silvestre. Até o dia 30, quem passa para retirar os kits de corrida na Expo Center Norte recebe material sobre os malefícios do trabalho de crianças e adolescentes.

A iniciativa é do Subcomitê de Trabalho Decente e Seguro do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-2), que escolheu a mais famosa corrida de rua do país para trazer visibilidade ao tema. Além de distribuir cartilhas e panfletos, a equipe recebe denúncias e encaminha às autoridades competentes.

O grupo recebeu apoio do humorista Renato Aragão, que gravou vídeo sobre a campanha, e também da organização da corrida, que inseriu o símbolo cata-vento nas camisetas distribuídas aos corredores. Não houve custo para o Regional.

Entre os participantes nesse primeiro dia da ação, estão os desembargadores Ricardo Ballarini, Paulo Eduardo Oliveira e Fernando Sampaio; o juiz Gustavo Brocchi; as juízas Renata Beneti e Juliana Varela; os servidores Julio Cesar del Manto, Denis Silva Carneiro e Lázaro Baracy. Pela 15ª Região, integra o evento a juíza Eliana Nogueira. A estimativa é de que 7 mil pessoas visitem o local diariamente, totalizando 50 mil nos quatro dias de campanha.

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O estande do TRT-2 está montado no Pavilhão Azul da Expo Center Norte (Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo-SP). Confira o álbum de fotos.

 

Símbolo

O cata-vento colorido de cinco pontas, representando os cinco continentes, tornou-se ícone da luta pela erradicação do trabalho infantil. Significa movimento, sinergia e articulação de ações permanentes contra o trabalho precoce em todo o mundo. Traz também o sentido lúdico de alegria, que deve estar presente na vida das crianças.


Números

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2022, o país tinha 1,9 milhão de crianças e adolescentes com 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil. Esse contingente havia caído de 2,1 milhões (ou 5,2%) em 2016 para 1,8 milhão (ou 4,5%) em 2019, mas cresceu em 2022. Os números seguiam tendência de queda desde 2016, aumentando no último levantamento por diversos fatores, incluindo a pandemia de covid.

Mitos

Parceira no evento, a Prefeitura de São Paulo divulga material pela desconstrução de mitos ligados ao trabalho infantil, por exemplo:

  • ”É melhor trabalhar do que roubar ou usar droga” - É melhor estudar, brincar e ter oportunidade de uma vida melhor. Longe de afastar a criminalidade, o trabalho infantil torna crianças e adolescentes alvos de traficantes e outros criminosos;
  • ”Criança e adolescente que trabalha se prepara para o mercado” - O trabalho infantil interfere na frequência e desempenho escolares e dificulta o acesso a oportunidades de formação para se conseguir um bom trabalho no futuro. Assim, trabalhar antes da hora leva ao desemprego e subemprego na vida adulta;
  • “Trabalhar não mata ninguém” - Mata, sim, e pode causar acidentes com danos irreversíveis. Só na cidade de São Paulo, foram registrados 807 acidentes de trabalho de crianças e adolescentes de 2017 a 2022.

 

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Atualizado por Secretaria de Comunicação Social (secom@trtsp.jus.br)
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