Curso: Letramento em Diversidade – A Justiça do Trabalho em perspectiva antidiscriminatória, interseccional e inclusiva

Híbrido

Datas: de 10/11 a 09/12/2025 (período moodle)
Inscrições até 17/11
Aulas ao vivo: 10, 17, 24/11 e 01/12, das 17 às 19h
Local: Moodle (EAD autoinstrucional) / Zoom (aulas ao vivo)
Carga-horária: 20 horas-aula
Público-alvo:  Magistrados(as), servidores(as) e estagiários(as) do TRT2.

Apresentação

O curso tem como propósito oferecer a magistradas/os e demais trabalhadoras/es do Poder Judiciário Trabalhista uma compreensão crítica e aprofundada sobre gênero, orientação sexual e identidade de gênero. A proposta é fortalecer uma atuação judicial atenta às múltiplas formas de violência estrutural que atravessam mulheres (cis, trans e travestis), pessoas LGBTQIAPN+ em geral e outros grupos situados em interseccionalidades de opressão, tendo como principal referência o Protocolo Antidiscriminatório, Interseccional e Inclusivo da Justiça do Trabalho.

A formação se inicia com uma análise sociológica das categorias de gênero e orientação sexual em diálogo com uma crítica ao sistema capitalista; promove um letramento sólido em diversidade sexual e de gênero, com foco nas violências que atingem pessoas LGBTQIAPN+ no mundo do trabalho; aprofunda conceitos-chave para a compreensão da violência estrutural contra pessoas trans, como cisnormatividade jurídica e divisão transexual do trabalho, ancorados nas construções teóricas do transfeminismo jurídico; e examina decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre gênero e sexualidade. Por fim, apresenta detalhadamente o Passo a Passo para uma prática judicial antidiscriminatória, interseccional e inclusiva, conforme estabelecido no Protocolo da Justiça do Trabalho.

Em síntese, trata-se de um espaço formativo que alia teoria crítica e prática judicial, buscando instrumentalizar a magistratura e o corpo funcional da Justiça do Trabalho para a construção de um direito comprometido com a igualdade substantiva. O curso convida a repensar paradigmas, questionar estruturas e adotar práticas institucionais capazes de promover justiça de forma efetivamente transformadora, que reconheça, de modo pleno, mulheres (cis, trans ou travestis) e pessoas LGBTQIAPN+ como sujeitas de direito, levando em conta as interseccionalidades de classe, raça ou etnia, condição de pessoa com deficiência e condição de pessoa idosa.

Objetivos Gerais

  • Compreender criticamente o papel das políticas judiciárias na efetivação de direitos fundamentais e no combate às desigualdades estruturais que afetam grupos vulneráveis, minoritários ou minorizados.
  • Compreender como essas políticas não apenas garantem o acesso à Justiça, mas também contribuem para transformar as próprias práticas institucionais, tornando-as mais acessíveis, equitativas e condizentes com a diversidade social.
  • Reconhecer a Justiça não como um espaço neutro, mas como um campo de disputas onde a inclusão se materializa na forma de decisões, condutas e interpretações normativas comprometidas com a igualdade substancial.

Conteúdo programático

Unidade 1 - Desvendando conceitos e preconceitos

  • Aspectos da sexualidade na história
  • Binarismo e papel social
  • Sexualidade e capitalismo

Unidade 2 - A diversidade sexual e de gênero no protocolo antidiscriminatório da justiça do trabalho

  • Entendendo a sexualidade humana: sexo, gênero, orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero
  • As diversas formas de violências contra as pessoas LGBT+ no mundo do trabalho
  • Entendendo a filosofia e a metodologia do Protocolo para Atuação e Julgamento com Perspectiva Antidiscriminatória, Interseccional e Inclusiva da Justiça do Trabalho

Unidade 3 - Transfeminismo jurídico: uma metodologia jurídica da trans expansividade

  • Transfeminismo jurídico
  • Cisnormatividade jurídica: uma categoria transfeminista de análise do Direito
  • Divisão transexual do trabalho: uma perspectiva jus-transfeminista do mundo do trabalho
  • Impactos do transfeminismo jurídico no Protocolo Antidiscriminatório da Justiça do Trabalho

Unidade 4 - Como atuar e julgar com perspectiva antidiscriminatória, interseccional e inclusiva? 

  • Decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos em matéria de diversidade sexual e de gênero
  • Questões específicas em matéria de diversidade sexual e de gênero à luz do Protocolo Antidiscriminatório da Justiça do Trabalho
  • Passo a passo para atuar e julgar de forma antidiscriminatória interseccional e inclusiva

AULAS AO VIVO

  • 10/11 - das 17 às 19h - Dr. Roberto Vieira de Almeida Rezende - Unidade 1
  • 17/11 - das 17 às 19h - Dr. André Machado Cavalcanti - Unidade 2
  • 24/11 - das 17 às 19h - Dra. Luna Leite - Unidade 3
  • 01/12 - das 17 às 19h - Drs. Roberto Vieira de Almeida Rezende, André Machado Cavalcanti e Dra. Luna Leite - Unidade 4

Frequência exigida: 75% das aulas ao vivo

Currículo

Conteudista(s)

  • Homem cis gay 
  • Juiz titular do TRT-2
  • Doutor e Mestre em Direito (USP)
  • Coordenador do Comitê Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TRT-2
  • Professor convidado dos Cursos de Pós-Gradução em Direito das universidades São Judas Tadeu, Mackenzie e Santa Cecília
  • Estudioso e defensor dos direitos das populações vulnerabilizadas
  • Palestrante em eventos e cursos jurídicos
  • Autor e coautor de artigos científicos

  • Homem cis gay
  • Juiz titular do TRT-13 (PB)
  • Especialista em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global (PUC-RS)
  • Mestrando em Direito e Desenvolvimento Sustentável (Centro Universitário de João Pessoa)
  • Membro do Comitê Gestor Nacional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho e Cocoordenador do Comitê Gestor da Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-13
  • Membro da Comissão LGBTQIAPN+ da Anamatra
  • Pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Extensão “O Trabalho além do Direito do Trabalho - Dimensões da Clandestinidade Laboral” (USP)

  • Mulher trans ou travesti
  • Coautora e militante do transfeminismo jurídico 
  • Bacharel em Direito, Pesquisadora em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília - UNB 
  • Servidora do Tribunal Superior do Trabalho - TST 
  • Coautora do Protocolo Antidiscriminatório, Interseccional e Inclusivo da Justiça do Trabalho 
  • Diretora da Articulação Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores Trans do Sistema de Justiça - ANTRAJUS, instituição que faz parte do Fórum Nacional de Direitos LGBTQIAP+ instituído pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ
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