Após audiência na Justiça do Trabalho de São Paulo na segunda-feira (7), os metroviários decidiram manter-se em “estado de greve” e suspenderam a paralisação marcada para esta terça (8). Entre outros pontos, os trabalhadores protestam contra a falta do pagamento da segunda parcela da participação nos resultados de 2019 pelo Metrô.
O encontro foi mediado pelo juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, que propôs parcela única de R$ 2.500 para todos os metroviários, e a distribuição do saldo destinado a esse benefício de forma proporcional aos salários, conforme acordo de 2018. A última proposta da empresa era no valor de R$ 2.037,57.
O magistrado pediu ainda que não haja qualquer interrupção dos serviços até a próxima audiência no TRT-2, agendada para o dia 15.
Como houve comprometimento da categoria em não realizar o movimento está temporariamente suspensa a liminar com os percentuais mínimos de funcionamento dos serviços: 95% no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e 80% nos demais períodos.
Confira os demais itens da proposta do TRT-2:
*Devolução de descontos dos trabalhadores da gerência de manutenção (GMT) que participaram da campanha salarial da data-base de 2021;
*Prazo de 60 dias para que o Metrô apresente estudo para a alteração dos critérios dos "steps" (evolução salarial por mudança de função). A minuta de proposta deve ser divulgada a comissão com três empregados, que poderão apresentar sugestões em até 30 dias;
*Encaminhamento de ofício pelo sindicato ao Metrô para que se discuta o fim do acúmulo de funções dos oficiais de manutenção (noturno, linha 2).