2ª Região integra pacto nacional pela equidade racial e lança convênio em evento da Ejud-2

Igualdade e Diversidade


O TRT da 2ª Região promoveu na segunda-feira (18/11) encontro em prol do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial. Na ocasião, também foi lançado convênio entre o Tribunal e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert) com o objetivo de diminuir desigualdades em função de raça, gênero, pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+ e outras diversidades do quadro interno e dos(as) usuários(as) da Justiça do Trabalho de São Paulo. (Veja o álbum de fotos do encontro).

O evento denominado "Seminário em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra" (celebrado em 20/11) foi promovido pela Escola Judicial (Ejud-2) e pelo Comitê Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade da 2ª Região. A diretora da Escola, desembargadora Bianca Bastos, destacou que o encontro marca o início das atividades presenciais da atual gestão na Ejud-2.

A palestra da advogada Claudia Patricia de Luna Silva, especialista e pesquisadora em gênero e violências, abordou o tema "A construção da imagem da mulher negra: espaços de poder no sistema de Justiça". A estudiosa refletiu sobre o fato de a população negra ser maioria no Brasil, porém de não ter igualdade de oportunidades. "Das mulheres impactadas por violência, 65,6% são negras", afirmou. Comentou sobre a pouquíssima representação da mulher negra entre as magistradas do país e concluiu: "É preciso haver uma co-responsabilidade para contribuir ou para transformar esse cenário racista".

A apresentação seguinte ("O trabalho com equidade no interior das organizações") foi realizada por Maria Aparecida da Silva Bento, doutora em psicologia e fundadora do Ceert, e Júlia Rosemberg, escritora e psicóloga social. Por fim, a psicóloga e escritora Júlia Rosemberg falou sobre gênero e sexualidade, detalhando conceitos relativos à diversidade e à pluralidade humanas. Entre os dados exibidos destacaram-se o baixíssimo número (4,5%) de cargos ocupados por pessoas LGBTQIAPN+ (segundo estudo feito em mais de 300 empresas); o número de países (67) onde ser LGBT+ é crime; e o fato de o Brasil liderar (há mais de 16 anos) o ranking de país que mais mata pessoas trans.

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Atualizado por Secretaria de Comunicação Social (secom@trtsp.jus.br)
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