O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) publicou detalhes da primeira pesquisa sobre inclusão e acessibilidade da Justiça do Trabalho da 2ª Região. Aberto ao público interno e externo, o censo registrou 32 participantes nesse último grupo, entre advogados(as), partes em processos trabalhistas, cidadãos(ãs) e frequentadores(as) das dependências do Tribunal. A avaliação abrangeu o período de 1 a 25/8 de 2023. Clique e conheça o "Relatório do Censo das pessoas com deficiência - uma pesquisa sobre acessibilidade e inclusão no âmbito do TRT-2".
O material servirá de base para que o órgão aprimore as políticas institucionais de acessibilidade, inclusão e diversidade de forma mais efetiva na Justiça do Trabalho de São Paulo. Também permitirá que as pessoas com deficiência conheçam seus direitos e recebam apoio adequado para se desenvolver profissionalmente.
Vale lembrar que, pela iniciativa, o Tribunal foi agraciado no segundo prêmio "Justiça do Trabalho Acessível", do Tribunal Superior do Trabalho, o qual reconhece e divulga boas práticas implementadas pelos tribunais voltadas à inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência.
Resultados
Constaram no questionário avaliações sobre prédios e entorno, mobiliário, instalações físicas, tecnologia e comunicação e perguntas para composição de perfil sociodemográfico. A participação foi anônima, não sendo possível a identificação e a individualização das respostas colhidas.
A maioria dos(as) participantes do público externo são pessoas com deficiência física (56,3%), seguida das deficiências visual (28,1%), auditiva (12,5%), intelectual (12,5%) e psicossocial (6,3%). Uma pessoa surdocega também registrou respostas. A maior parte dos respondentes são advogados ou advogadas (46,9%), cidadãos ou cidadãs (15,6%), parte interessada no processo (9,4%) ou servidor(a) de outros órgãos públicos (9,4%).
Entre as sugestões de melhorias apresentadas estão: fornecer leitores de telas em salas de audiência e em computadores de varas; organizar os submenus do site por ordem alfabética, para facilitar a localização de assuntos; e excluir o uso do Captcha no processo de autenticação do PJe, considerado cansativo para usuários e por apresentar dificuldades para ser completado.
Aprendizado
Por fim, o estudo trouxe algumas estratégias que podem ser adotadas em pesquisas futuras, visando à disseminação da prática e maior adesão junto ao público externo nas respostas, como: o uso de linguagem simples no questionário e relatório; produção do conteúdo totalmente acessível para leitores de tela; e uso de informações mais simples para o preenchimento da pesquisa.